Procurando a pedra

No dia seguinte à “entrega” da Metralha para o vô Sabiá, na nova morada deles em Garopaba, partimos para o início das nossas férias na Guarda do Embaú. Pelo segundo ano consecutivo, ficamos na pousada Container Eco Guarda, no entanto, vivemos um outro clima na Guarda. Ainda era metade de dezembro e muitas pousadas estavam fechadas, já que a temporada de veraneio iniciaria nos dias mais próximos ao Natal. O centrinho estava vazio,até com algumas lojas fechadas e, as que abriam, não estendiam o horário até a noite.

Outro que ainda não estava em ritmo de veraneio era o sol… Pouco apareceu durante a nossa estadia, que foi marcada pela presença de muitas nuvens, um pouco de vento e de chuva. Mas por um lado, esse clima favoreceu bem nossas “aventuras pelas trilhas”. Dessa vez exploramos mais a praia da Pinheira. Fomos de carro até a Praia de Baixo e já aproveitamos para fazer a pequena trilha que vai dali até a Praia de Cima. O caminho é bem tranquilo, pertinho, nada parecido como vir a pé da Guarda… Hehe. Fomos parando para fazer fotos das pedras, da água batendo nas pedras, fotos nossas, das florzinhas e, na chegada, aquele banho de mar que terminou com um almoço no barzinho da beira da praia.

DSC 0107

De volta para a Guarda, não tínhamos feito ainda a trilha que leva para a Pedra do Urubu, um dos pontos mais altos da Guarda, em que dá para ver de cima a junção do mar com o Rio da Madre. É lindo. Mas antes de achar lindo, não achamos foi o caminho… Com poucos turistas na praia, a mata estava um pouco fechada em função da falta de movimentação de pessoas, o que acaba escondendo a marcação do trajeto. Em algum momento deveríamos ter desviado para a esquerda, mas seguimos reto e saímos na praia.

Pedra do Urubu

Tudo bem, valeu pelo exercício, para umas picadas de mosquito e pelas fotos! Nota mental: para a próxima, devemos comprar repelente!!!

DSC 0015

De volta à pousada, fizemos amizade com os vizinhos de quarto, Cassia e Tiago, de Arroio do Meio. Gauchada reunida… Não demorou nada para combinarmos o churrasco da noite e a trilha da outra manhã, quando finalmente, ufa, depois de muito subir de morro, encontramos a Pedra do Urubu. A Cassia, mais novinha, chegou primeiro, enquanto eu fiquei respirando e pegando fôlego mais atrás, sentido já chegar o peso da idade e a distância da academia… Hehehe!

DSC 0170

A vista lá de cima é – parafraseando a minha sogra – maravilhosa!!! Dá para ver toda a praia e até encontramos a nossa pousada. Quando voltamos, à noite, fizemos mais um churrasquinho e rolou até umas cantorias com o violão do Lucas (desculpa aí, demais vizinhos!!Hehe).

DSC 0140

Caso a galeria não apareça abaixo do post, clique aqui.

Turistando novamente

No início do nosso planejamento de férias, pensamos em visitar a cada dia uma das praias que ficam próximas da Guarda do Embaú. No entanto, gostamos tanto da Guarda que acabamos saindo de lá apenas dois dias – além daquele em que fomos para Garopaba.

Como já havíamos estado na Praia da Pinheira durante nossa trilha pelos morros, pegamos o carro e fomos em direção à Praia do Sonho. Acabamos passando dela e chegamos numa enseada de ondinhas curtas que se quebravam bem na beirinha da praia. Muitas casas tinham seus pátios terminando na areia, que era cheia de conchinhas, e a paisagem parecia uma pintura. Claro que aproveitamos para fazer fotos e, uma delas, ficou sendo a minha preferida da viagem:

DSC 1038

Depois, encontramos a Praia do Sonho e ela realmente é um encanto. Com uma extensa faixa de areia e o mar de águas calmas, também possui uma ilha onde foi construído um forte e, bem ao ladinho, outra praia chamada Ponta do Papagaio. Passamos a tarde na Praia do Sonho e também fomos para lá na outra manhã.

DSC 1062

Logo após, chegou a hora de pegarmos a estrada novamente,  desta vez, para o Campeche, em Florianópolis, que nos ganhou com o suco de morango e a casquinha de siri vendidos nos bares à beira da praia. No entanto, na primeira vez que estivemos lá, em setembro de 2014, estava friozinho e acabamos não entrando no mar. Já no verão de 2015, nos esbaldamos naquela água cristalina. Ficamos realmente impressionados com a transparência da água, até mesmo nas partes mais fundas. Um dos atrativos do Campeche é um passeio para a ilha, onde é possível realizar trilhas e mergulho. Optamos por não fazê-lo em época de alta temporada, visto que o “traslado” num bote inflável estava mais caro do que o passeio de escuna que fizemos em Canas (ou seja, os olhos da cara, mesmo! Hehe). Em vez disso, alugamos guarda-sol, tomamos água de coco e caipirinha, fizemos caminhadas e, em outro dia, também aproveitamos a sombra oferecida por uma árvore na beira da praia.

SUNP0081

Caso a galeria não apareça abaixo do post, clique aqui.

Para o vô Sabiá

No início de 2015 coincidimos o período de nossas férias na Guarda do Embaú (SC) com o aniversário do vô Sabiá, que estava passando uma temporada em Garopaba, na casa da Fabi (minha tia e madrinha). Então, no dia 10 de janeiro acordamos cedinho e fomos até Garopaba, comemorar!!!

10904602 753317574752123 7446558697306224232 O

Além do aniversário, estávamos celebrando os novos rumos da vida, já que o vô conseguiu vender o sítio onde morava, no bairro Santa Rosa, em Taquara (RS), e tinha recém fechado negócio para a compra de um terreno ali pertinho da Fabi e dos guris, na rua de trás.

Foto 1

No mesmo dia ele também começou as tratativas com o engenheiro sobre a planta e os demais detalhes para a construção.

Foto 2

À tarde fomos todos para a praia do Siriú e pude matar um pouquinho da saudade de entrar no mar com a minha prancha, acompanhada do Gu (Gustavo, meu primo) e do Marcelo (ele não gosta que eu chame ele de tio, então, não vou escrever nada… hehehe). O Fe (Felipe, meu primo, irmão do Gu) também surfa, mas preferiu desta vez ir só para o banho de mar (foi o mais ligado na previsão das ondas, suspeito… hehe).

Como a Xtrax ainda é nosso “brinquedinho novo”, estamos com aquele receio inicial de usá-la com toda aquela confiança nos suportes – até porque, o específico para prancha não vem com a máquina, mas já está na listinha de desejos para 2016. Assim, o Lucas ficou de cinegrafista na beira da praia (o que de certa forma foi bom, pois naquele dia não surfei nada… haha… As ondas estavam fraquiinhas, peguei só um espumão para dizer que ainda consigo ficar de pé). Já o Gu, trocou de prancha, insistiu e pegou algumas ondas depois que eu e o Marcelo tínhamos saído do mar.

 

Stand up no Rio da Madre

Depois do stand up no Mampituba, fomos “aprimorar” nossa prática esportiva no Rio da Madre. Diferentemente do rio de Torres, no rio da Guarda é preciso dividir espaço, principalmente com os barquinhos dos atravessadores e os banhistas, o que torna a prática mais desafiadora, ainda mais num dia de vento, quando remar e sair do lugar são ações inversamente proporcionais… (No fim, dá uma canseira… Hehe!)

SUNP0032

Desta vez, optamos por alugar uma prancha e um remo para nós dois, assim podíamos dividir e compartilhar os equipamentos, já que esta foi também nossa primeira “experiência esportiva” utilizando a Xtrax e, como não estávamos com nenhum acessório de suporte, ficamos em dúvida na hora dos enquadramentos das imagens, de como segurar a câmera e em que altura. Então, primeiro o Lucas remou e eu fui “na boa”, sentadinha na parte da frente da prancha. Consegui fazer imagens levando em conta o meu ponto de vista, mas não consegui nos manter no enquadramento por muito tempo… hehe!

SUNP0047

Em seguida, dividimos e cada um remou um pouquinho. Notamos que a câmera, pela primeira vez, acabou embaçando bastante dentro do case. (Nota mental: precisamos pesquisar e comprar as pastilhas anti-embaçantes!)

SUNP0074

Fizemos poucas fotos e o vídeo ficou curtinho, mas tratam-se de materiais suficientes para ativar as melhores lembranças.

 

E… Ação

Duas horas = dez minutos

Enquanto chovia torrencialmente no Rio Grande do Sul, fomos presenteados com uma sequência mágica de dias ensolarados e noites estreladas na Guarda do Embaú. Acordávamos cedinho, tomávamos café da manhã e seguíamos para a beira da praia. Numa das manhãs em que parecia que o tempo ficaria nublado, nos preparamos para cumprir a travessia das trilhas que levam da Guarda à Pinheira pelas pedras e morros da beira da praia. “É umas duas horas de caminhada e depois dá para voltar de ônibus”, nos indicou a Laura, esposa do meu sogro.

Todos os dias víamos muitas pessoas naqueles morros e parecia tudo tão simples, já que uma praia fica ao lado da outra, em tese. Assim, pegamos o início da trilha de chinelos, com uma (única!) garrafinha de água e protetor solar, como se fôssemos “ali na esquina”, esquecendo de assimilar a previsão de duas horas de trajeto. Na verdade, deveríamos ter saído de tênis, com muitas garrafinhas de água, protetor solar, frutas e/ou qualquer coisa para comer durante o trajeto. Passando o primeiro morro de trilha não há mais “civilização”, não há barraquinhas para comprar nada, nem uma viva alma passando ao teu lado, até o movimento acaba. Cabe adiantar que o dia não ficou nublado; o sol rachava. Onze horas marcava o relógio quando partimos.

Jpeg

Bem no início da caminhada estávamos empolgados, tirando fotos, observando as paisagens, molhando os pés nas piscinas que se formam nas pedras e repondo o protetor solar. Além de outras poucas pessoas, também encontramos pelo caminho alguns bois e lagartos. Depois, subimos e descemos morros, passamos por praias desertas e até por terrenos cercados – acredito que as cercas eram para impedir a livre circulação dos bois, já que elas tinham uma pequena abertura como se fosse um portão.

Jpeg

As trilhas sumiam e reapareciam e, lá pelas tantas, a sede, a fome e o cansaço chegaram todos juntos e começamos a pensar em voltar. Era por volta do meio-dia, lembra? Verão. Sol. Pés suados escorregando nos chinelos e as tiras (aquelas que não arrebentam, sabe?) escapando a todo momento.  A cada morro que cruzávamos, aparecia outro, nos separando ainda mais da Praia da Pinheira. Mas logo em frente, avistamos barracas e algumas pessoas. Era a Colônia Hippie. Um pouco mais adiante, um bar que mais parecia uma miragem. Mas não (yupi!), era mesmo um bar, um bar de verdade, que serve lanches e bebidas! Era o bar dos hippies. Fomos até lá, comemos pastéis e recarregamos a água! Depois, passamos mais uma prainha e descansamos numa sombra que tinha vista para o mesmo bar. Dali até a Pinheira era muito menos do que tudo o que já tínhamos andado.

Jpeg

Seguimos a caminhada, subindo e descendo mais alguns morros e, depois da alegria de encontrar o bar, só mesmo a alegria de ver os telhadinhos das casas e a água do mar da Praia de Cima da Pinheira. Tomamos um banho de água salgada para coroar a expedição e seguimos para o centrinho, onde fizemos mais uma parada para um lanche e pegamos informações sobre a parada de ônibus, que ficava bem pertinho. Esperamos na calçada até o primeiro coletivo passar, embarcamos e… Dez, sim, isso mesmo, uns dez minutinhos depois de entrar no ônibus já estávamos na Guarda.

Jpeg

O fim da linha foi em frente ao mercado (Santos) e dali voltamos para a pousada para curtir um bom descanso na rede.  No outro dia, quando voltamos a pegar o carro para fazer outro passeio, vimos que da nossa pousada até a Pinheira, pelo caminho contrário ao que nos faz chegar ao Centro da Guarda, era ainda mais pertinho e bem fácil de fazer a pé. Mesmo assim, a experiência de viver uma aventura, sair da rotina, “desbravar” caminhos e fugir do comum renova muitos dos nossos conceitos e registra na lembrança mais uma história para contar, lembrar e reviver.

Mapa Da Trilha 3 Traçado

Ao todo, cumprimos a trilha em mais ou menos três horas, sem contar os intervalos para almoço, descanso, lanche e espera pelo ônibus. Traçando o trajeto pelo Google Maps em linha plana (sem levar em conta os aclives e declives dos morros) somam-se quase quatro quilômetros de percurso.

Pesquisando em sites de um pessoal que mapeia suas trilhas, o Lucas encontrou descrições que levam em conta subidas e descidas de 40 a 50 metros cada e níveis de altura que vão do zero a até mais de 100 metros acima do nível do mar (medido da Pedra do Urubu – um mirante natural que não chegamos a ir dessa vez). A média de percurso mapeada por eles foi de 5,6 quilômetros, não ficando muito longe do calculado pelo Lucas no Google, mesmo.

 

Caso a galeria não apareça abaixo do post, clique aqui.

Destino: Férias 2015!

Assim que se acabou a “última porção” das nossas primeiras férias juntos, em janeiro de 2014, já começamos a imaginar e a sonhar com as próximas, que só chegariam em 2015… Porém, uma forma de vivê-las de maneira antecipada é simplesmente planejá-las. Começamos a pesquisar destinos, opções de estadia e preços para a temporada.

Apesar de eu gostar muito e especialmente de Garopaba (SC), e de sempre querer ir para lá quando temos chance, queríamos também conhecer e passear em outras praias de Santa Catarina.  Pertinho dali e antes da ilha (Florianópolis) há várias opções que nos deixaram bem divididos. Entre elas, a Pinheira, uma das preferidas dos meus sogros, Paulo e Laura, com suas Praia de Cima e Praia de Baixo. Mas, logo ao lado, está a Guarda do Embaú, o destino que acabou ganhando nossos planos, principalmente pelo charme do Rio da Madre.

Jpeg

O acesso à beira da praia se dá justamente pelo rio, de barco ou por dentro dele, em caminhada. Os barqueiros cobram R$ 3,00 a ida e outros R$ 3,00 para a volta, um preço bastante simbólico para uma travessia agradável e que inclui as bagagens – cadeira de praia, guarda-sol, etc., etc. Para a outra opção, que também é bastante comum, usamos aquela expressão do “segue o fluxo!” Analisando o pessoal que passava por dentro do rio, vimos que há apenas uma parte mais funda e que, mesmo assim, ela dava na cintura do Lucas (e no meu pescoço, por assim dizer… haha).

Na outra margem do rio, pedalinhos, pranchas de stand up e caiaques recepcionam os veranistas, complementando o convite, já oferecido pela paisagem, para prestigiarmos a natureza, sem moderação.

DSC_0886_corrigida_menor

Além da Guarda também pesquisamos pousadas na Praia do Campeche, essa, sim, na Ilha. Tínhamos ido para lá duas vezes durante nossas primeiras férias, em setembro de 2013, quando ficamos alguns dias em Canasvieiras. Como já contamos aqui, gostamos muito da praia, assim como do suco de morango e das casquinhas de siri.

Com os destinos decididos, começamos as buscas na internet. Uma das primeiras sugestões que vi foi de uma pousada feita de containers, que nos chamou a atenção em função do apelo de sustentabilidade e “design moderninho”. Mas, seguimos. Num segundo momento de pesquisa, o Lucas descobriu que a pousada era novinha em folha e estava com inauguração prevista para dezembro de 2014. Se já estávamos curiosos, a vontade de ir para lá ficou ainda maior.

Disparamos e-mails para várias  pousadas da Guarda e do Campeche, perguntando sobre preços, acomodações (ar-condicionado ou ventilador, estacionamento, áreas comuns e privativas, café da manhã, distância da praia, distância do Centro) e disponibilidade de diárias. Conforme fomos recebendo as respostas, o Lucas foi tabulando os dados e, por fim, pudemos analisar o real custo-benefício do que estávamos procurando.  (Agora vamos fazer um charminho e contar mais só no próximo post…hehe)

Sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar

Se o “sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar”, imagina então quando a vontade chega a ser a de protelarmos ao máximo a hora de ir dormir… Foi isso o que sentimos na nossa última noite de férias em Canasvieiras (SC), em setembro de 2013.

Com vontade de fazer o tempo parar, fomos dar nossa última volta na beira da praia. Para acompanhar, o Lucas preparou a mochila com um bom vinho, a máquina fotográfica e o tripé. Assim, saímos para nossas primeiras fotos noturnas. Lembro de eu não ter ficado muito à vontade com o meu “figurino” (hehe), mas das fotos e do passeio com o Lucas, eu gostei bastante! “Brincamos” com a velocidade baixa do obturador, o que deu aquele “efeito contínuo” na água e o efeito das luzes mais brilhantes. Aí percebemos que assim também aumentamos o grau de dificuldade da “montagem das cenas”, pois muitas vezes ficamos parecendo fantasmas nas fotos, já que o obturador captava um de nós “chegando” depois da corrida entre o tripé e a pose… Uma dica é ser muito rápido e deixar de respirar por uns instantes (hehe).

(noite)DSC 0790 (17)

Ficamos até mais tarde na praia, assim como uns pescadores que estavam bem na ponta do trapiche. No entanto, ao contrário dos nativos, no dia seguinte teríamos que pegar a estrada. Então, não teve outro jeito, voltamos à pousada e nos preparamos para retornar ao nosso Rio Grande (do Sul).

Caso a galeria não apareça abaixo do post, clique aqui para acessá-la