E as dunas… Sumiram

Jardim do Éden é uma praia de Tramandaí que fica no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. É lá que minha família, por parte de mãe, tem uma casa, onde passamos todos os verões. Ela foi comprada pelo meu bisavô (a quem eu chamava de vô Dodô), quando minha mãe ainda era pequena. Ela e minha tia fizeram muitas amizades no Éden, o que também aconteceu comigo e com a minha irmã, Ana Carolina. A cada geração, a vizinhança cria novos vínculos, mantendo relações de amizade que já duram anos.

Entre tantas lembranças da infância estão os passeios que fazíamos para as dunas, depois de atravessarmos a RS-786, que faz a ligação das praias de Tramandaí com as de Cidreira (Salinas, Quintão, Mostardas). Caminhávamos sem parar até chegar numa lagoa que tinha um fundo de lodo. Era um passeio mágico. Em função do calor e da distância, sempre escolhíamos um dia depois de uma boa chuva, já que assim, no caminho, formavam-se várias lagoinhas. Já na primeira vez em que o Lucas foi pro Éden, quis lhe mostrar o lugar. Caminhamos um pouco, mais um pouco, e não achamos mais as dunas. Elas se foram “com o vento”.

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Pelo caminho só restou areia plana, matinhos, flores de matinhos e o característico vento “nordestão”, aquele de arrancar os cabelos!! Por outro lado,  ao fundo da paisagem incorporaram-se os “cataventos” que surgiram com a expansão do Parque Eólico de Osório, o maior parque de produção de energia eólica – obtida pelo movimento do ar – da América Latina. Aproveitamos o cenário e lá fomos nós “brincar” de modelos e fotógrafos novamente.  O legal é que o vento, ao mesmo tempo que bagunça o cabelo, dá um efeito daquelas fotos em que se usa ventilador em estúdio. A paisagem simples também ajuda a destacar os “personagens” e a falta de plateia é uma grande aliada na hora de fotografar! ;)

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