Sem plateia

Depois de fazermos as primeiras fotos em Garopaba, fomos até a vizinha Praia do Silveira (que muitos chamam de Praia da Silveira, mas, enfim). Uma das preferidas dos surfistas, ela costuma receber menor movimentação de pessoas do que a maioria das praias de Santa Catarina, ao menos na areia para o banho de sol e especialmente nos períodos de baixa temporada. Já na água, suas ondas são sempre muito disputadas.

DSC 0181 - Recorte, Níveis, Balanço

Dessa forma, conseguimos deixar a vergonha um pouco mais de lado, visto que não tínhamos  ninguém “na plateia”, diferentemente do que ocorreu em Garopaba, onde um senhor que estava passando pela praia questionou o Lucas se estávamos fazendo imagens para algum tipo de documentário.  Tudo porque o tripé desperta a curiosidade das pessoas e acaba contribuindo para que façamos novas amizades.

Para nos sentirmos mais encorajados, pensávamos “azar, aqui ninguém nos conhece”, mas claro que o receio de parecermos um casal esquisito ou de sermos apontados na rua causava um certo desconforto. No entanto, a ideia é tentar esquecer as pessoas de volta, imaginar que aquele é o seu mundinho, apertar o botão e, literalmente, correr para o abraço. Até porque, na “era do selfie”, não há ato mais comum do que alguém focando em si as lentes – seja do telefone celular, de tablets ou ” até” de câmeras fotográficas –  e nas situações mais inusitadas.

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Start

Antes de pegarmos a estrada rumo a Santa Catarina, fizemos um tour por sites de fotógrafos profissionais buscando inspiração para nossas primeiras fotos utilizando o tripé. Observamos vários trabalhos de books externos de casais, focando nossa atenção principalmente às paisagens, enquadramento de imagem e poses dos fotografados. Isso porque, ao mesmo tempo em que somos fotógrafos, somos também nossos próprios “modelos”. E acreditamos que isso tem funcionado, pois muitas pessoas já comentaram: “Que legal aquela foto, quem tirou para vocês?” Dá um fundinho de orgulho dizer: “Nós, com a ajuda de um tripé!”

Garopaba - Praia 1

O que fica de fora da explicação é toda a preparação que temos antes do resultado… Enquanto um de nós fica parado fazendo a “figuração”, o outro faz o enquadramento da imagem, vê a luz, a velocidade do obturador, prepara o disparo automático de 10 segundos (tempo máximo que temos com o recurso da câmera) e… Corre!! Numa dessas, eu deixei a perna num banco de concreto. Ficou um roxo que nos acompanhou por todas as fotos de Santa Catarina, no mês de setembro de 2013…

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Sem cartão não funciona

Antes das férias de setembro de 2013, em que fomos para Santa Catarina, passamos um final de semana em Imbé, no Litoral Norte, aonde os avós do Lucas têm casa. Apesar do dia cinzento de inverno, a paisagem da beira da praia tomou emprestado o colorido das “asas” de kitesurfe, esporte muito praticado entre as praias de Imbé e Tramandaí, litoral norte do Rio Grande do Sul.

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Estacionamos o carro na Beira Mar, peguei a malinha da câmera (temos uma Nikon D3100), me preparei toda para fazer a primeira foto quando… A máquina acusou que estava sem cartão de memória. Olhei para o Lucas e não sabia o que fazer, senti aquela mistura de decepção e de “não acredito que eu fiz isso”. Mas sim, esquecimentos acontecem nas melhores famílias e até mesmo com as pessoas mais organizadas (mesmo não sendo muito o meu caso… hehe).

Para a minha sorte, nem sempre tudo está perdido. Como saída para o problema, o Lucas lembrou do camelódromo de Tramandaí, que fica bem próximo, logo depois da ponte. Fomos até lá e compramos um cartão SD que agora usamos como reserva. Para pessoas que não costumam apagar todas as fotos do cartão de memória (não consigo desapegar, às vezes), é uma boa. Além disso, como os fatos sempre podem acontecer duas ou mais vezes, mesmo que eu esqueça um SD no computador, teremos outro na bolsinha da máquina.

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Em Imbé não deixe de visitar>>>

Garopaba 2013

Arrisco-me a dizer que Garopaba é a minha praia preferida de Santa  Catarina. Enseada das embarcações (conforme o significado indígena de seu nome), a praia transmite aos visitantes sua paz, simplicidade e aconchego. Ao longo do ano é bastante tranquila, já aos feriados e períodos de veraneio tem registrado grande movimento de turistas, que a cada ano parecem multiplicar-se.

Em qualquer ponto da orla avista-se a Igreja São Joaquim, um símbolo da praia. Ela fica no Centro Histórico, formado por ruazinhas estreitas que convidam os visitantes a uma caminhada de volta ao passado. A via calçada com paralelepípedos e as fachadas das casas e garagens de barcos utilizados pelos pescadores nativos são o charme local.

Bem, foi esse o destino que elegemos para as nossas primeiras férias juntos, em setembro de 2013. Ficamos alguns dias na casa dos meus tios, Fabiana Halmel e Marcelo Wagner, e em seguida alongamos o passeio para Florianópolis, onde ficamos numa pousada em Canasvieiras.

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Em Garopaba não deixe de visitar>>>

Mari+Lucas

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“Garopaba (ou toda e qualquer praia), fotografia e o Lucas. Três paixões que, combinadas, trouxeram todos os tons de colorido para a minha vida em 2013. Um lugar, um hobby, um amor. Misturados, servimos de modelos, de observadores, de composição.

Acredito que o gosto pela “captura da imagem” – tanto na fotografia como na produção e edição de vídeos – e pelo jornalismo, de uma forma geral, são heranças deixadas por um de meus bisavôs maternos, o Hugo Pedro Alfredo Halmel. Foi dele também que herdei um tripé, guardado com carinho até pouco tempo pelo meu tio avô Hugo Roberto Halmel (tio Huguinho), que me brindou com este presente tão especial.

Sem hesitar, nas nossas primeiras férias juntos, em quatro meses de namoro, o Lucas e eu partimos rumo a Santa Catarina levando na bagagem muitas roupas extras, para servir de figurino, nossas câmeras fotográficas e o tripé. Além dos equipamentos, muita disposição e divertimento nos acompanharam em dez dias de vivências e experiências.

A cada nova “cena”, chamávamos a atenção das pessoas pela montagem do tripé e disposição da câmera. Por vezes, até eu ficava com vergonha. Mas ver que o Lucas estava ali, parceiro como sempre, me deixava feliz e confiante.

Retornamos ao Rio Grande do Sul e aos nossos trabalhos com uma imensa saudade desta nossa primeira “aventura fotográfica”. Porém, cheios de boas recordações, documentadas em arquivos de jpeg, e prontos para nosso próximo destino. Longe ou perto, por um, dez ou mais dias, sempre em busca do melhor registro da felicidade.”

Mariana Halmel dos Santos

Quem somos

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Lucas Backes tem 28 anos, é natural de Taquara e mora em Campo Bom. Mariana Halmel dos Santos tem 27 anos, é natural de Tramandaí e mora em Taquara, no Rio Grande do Sul.

Sair de Casa foi o título escolhido para o blog inspirado na música Último Romance, da banda Los Hermanos, cuja letra fala sobre o tempo, sobre o amor, o sufoco e o sossego compartilhados, além da simplicidade em lançar uma ideia e ir em busca de sua realização. De deixar a casa, a rotina, para conhecer novos lugares ou revisitar locais de belas paisagens e boas lembranças…

 

(…) E só de te ver, eu penso em trocar
A minha TV, num jeito de te levar
A qualquer lugar que você queira
E ir aonde o vento for
Que pra nós dois
Sair de casa já é se aventurar (…)