Eco Guarda

Além do preço, levamos em conta nossa curiosidade e “encantamento à  primeira vista” e definimos que, na praia da Guarda do Embaú, ficaríamos na Pousada Container Eco Guarda. Entre os benefícios, possuir ar condicionado e ser toda novinha, visto que foi inaugurada em dezembro de 2014, sem contar que a pousada também fica a em torno de 800 metros do Centro e da praia, uma distância que consideramos boa.  Assim, marcamos nossas diárias para o período de 5 a 12 de janeiro de 2015 e esperamos ansiosos pelo primeiro dia chegar.

Como a data de início das férias era logo após a virada do ano e, numa segunda-feira, pensamos que não pegaríamos muito movimento na estrada, a não ser o do fluxo oposto, já que os turistas estariam voltando do Reveillon de Santa Catarina para suas cidades. Santa ingenuidade… Com a ponte Anita Garibaldi de Laguna (SC) ainda em obras, o trânsito era caótico em ambos os lados, em qualquer dia e horário. Ficamos parados por muito tempo, levamos três horas para passar apenas daquele trecho. Uma viagem bastante agoniante.

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Chegando na Guarda, fomos procurar nossa pousada. As ruas da praia são extremamente estreitas e, além dos veículos, os pedestres também disputam o espaço das vias de chão batido. A rua do Centrinho tem sentido único e ficamos um pouco perdidos neste início. Mas foi só chegar ao endereço da pousada, estacionar o carro, que tudo ficou em paz.

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Deixamos a rotina para trás, “plantamos” o carro na vaga de estacionamento, colocamos nossos chinelos e fomos explorar. Ah, já me distraí… A pousada, muito legal, bem dentro das nossas expectativas e não sentimos nada de calor no quarto (quando estávamos ali na área, ouvíamos os comentários das pessoas que passavam e diziam “mas deve ser muito quente lá dentro”). O ar condicionado funcionava perfeitamente e o Lucas ainda comentou sobre o isolamento térmico dos containers, que ajuda a deixar o clima mais fresquinho lá dentro.

Agora, sim, pé na estrada. Íamos e voltávamos a pé do Centrinho, cruzando por várias das pousadas que vimos na internet. Todas pareciam muito legais, algumas bem rústicas, lindas, mas a “nossa” era “a nossa”!  Logo em frente já estava o mercado (Santos), o comércio – com suas lojas de roupas e artesanato, os hippies e os demais artistas que reuniam-se no fim da rua, antes da praia, para fazer shows à tardinha. Um clima nota dez que nem sei definir, só estando lá, mesmo, para sentir a paz da Guarda!

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Destino: Férias 2015!

Assim que se acabou a “última porção” das nossas primeiras férias juntos, em janeiro de 2014, já começamos a imaginar e a sonhar com as próximas, que só chegariam em 2015… Porém, uma forma de vivê-las de maneira antecipada é simplesmente planejá-las. Começamos a pesquisar destinos, opções de estadia e preços para a temporada.

Apesar de eu gostar muito e especialmente de Garopaba (SC), e de sempre querer ir para lá quando temos chance, queríamos também conhecer e passear em outras praias de Santa Catarina.  Pertinho dali e antes da ilha (Florianópolis) há várias opções que nos deixaram bem divididos. Entre elas, a Pinheira, uma das preferidas dos meus sogros, Paulo e Laura, com suas Praia de Cima e Praia de Baixo. Mas, logo ao lado, está a Guarda do Embaú, o destino que acabou ganhando nossos planos, principalmente pelo charme do Rio da Madre.

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O acesso à beira da praia se dá justamente pelo rio, de barco ou por dentro dele, em caminhada. Os barqueiros cobram R$ 3,00 a ida e outros R$ 3,00 para a volta, um preço bastante simbólico para uma travessia agradável e que inclui as bagagens – cadeira de praia, guarda-sol, etc., etc. Para a outra opção, que também é bastante comum, usamos aquela expressão do “segue o fluxo!” Analisando o pessoal que passava por dentro do rio, vimos que há apenas uma parte mais funda e que, mesmo assim, ela dava na cintura do Lucas (e no meu pescoço, por assim dizer… haha).

Na outra margem do rio, pedalinhos, pranchas de stand up e caiaques recepcionam os veranistas, complementando o convite, já oferecido pela paisagem, para prestigiarmos a natureza, sem moderação.

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Além da Guarda também pesquisamos pousadas na Praia do Campeche, essa, sim, na Ilha. Tínhamos ido para lá duas vezes durante nossas primeiras férias, em setembro de 2013, quando ficamos alguns dias em Canasvieiras. Como já contamos aqui, gostamos muito da praia, assim como do suco de morango e das casquinhas de siri.

Com os destinos decididos, começamos as buscas na internet. Uma das primeiras sugestões que vi foi de uma pousada feita de containers, que nos chamou a atenção em função do apelo de sustentabilidade e “design moderninho”. Mas, seguimos. Num segundo momento de pesquisa, o Lucas descobriu que a pousada era novinha em folha e estava com inauguração prevista para dezembro de 2014. Se já estávamos curiosos, a vontade de ir para lá ficou ainda maior.

Disparamos e-mails para várias  pousadas da Guarda e do Campeche, perguntando sobre preços, acomodações (ar-condicionado ou ventilador, estacionamento, áreas comuns e privativas, café da manhã, distância da praia, distância do Centro) e disponibilidade de diárias. Conforme fomos recebendo as respostas, o Lucas foi tabulando os dados e, por fim, pudemos analisar o real custo-benefício do que estávamos procurando.  (Agora vamos fazer um charminho e contar mais só no próximo post…hehe)

Uma das delícias da estação

Assim como a melancia, que sempre reúne a família para um lanchinho, a uva é outra fruta que tem o “sabor” do verão. Antes de sairmos para nossas férias de 2015, fizemos um passeio acompanhados do pai do Lucas e da esposa dele, meus sogros, Paulo e Laura, até a propriedade da família Müller, situada na localidade de Lajeadinho, em Igrejinha.

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Todos os anos, os Müller participam da Feira da Uva do município, realizada principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, na Rua Coberta da Praça Ary Delmar Koppe. Foi lá que os conheci, uma família que trabalha unida do início ao fim da produção.

Além das variedades tradicionais, como a Dedo de Dama, Niágara rosa, branca e bordô, a família trouxe de Bento Gonçalves um outro tipo de uva que chama a atenção. Em vez de redondinha, ela é comprida, semelhante a uma pimenta e lembra até mesmo uma pequenina banana. O gosto é doce, parecido ao da uva branca.  A Família Müller apelidou a variedade de “uva bananinha”, mas ela também é conhecida como Goldfinger (Dedo de Ouro) e é considerada uma uva bastante rara no Brasil.

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Conhecer e andar pelo parreiral é muito legal, assim como diferenciar as cores e variedades, sem contar que se pode escolher a fruta que você vai levar para casa ali mesmo, diretamente no local em que ela foi plantada.

Nosso passeio foi acompanhado pelo casal Werliston e Carina, que junto com sua filhinha, nos explicou sobre a produção e a melhor utilidade de cada tipo de uva.

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A família também vende outros produtos, como verduras e sucos.  Compramos algumas garrafas de suco de uva para levar na viagem e, assim, já abastecemos a geladeira antes mesmo de chegar na pousada!

 

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Cascata das Andorinhas

Depois dos cânions de Cambará do Sul, acho que este foi o passeio que, literalmente, nos fez sair de casa para “se aventurar”. E nem precisamos ir muito longe, não. Nosso destino estava “bem aqui”, no Vale do Paranhana, uma região com diversas atrações naturais como rios, cascatas e parques de aventura.

Era um sábado ensolarado de novembro, de bastante calor, e estávamos ansiosos para testar nosso mais novo “brinquedo”: a Xtrax, uma câmera de ação compacta que permite filmar de baixo d’água.

Já tínhamos visto algumas fotos lindas da Cascata das Andorinhas, que fica em Rolante, mas nunca tínhamos ido até lá.

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Conhecida como Capital Nacional da Cuca e Terra Natal do músico Teixeirinha, a cidade reúne vários atrativos turísticos, como as vinícolas da localidade de Boa Esperança e uma fábrica de chocolate artesanal (Monaquito), que fica na Estrada de Areia, por exemplo.  Mas voltando à cascata… O caminho para chegar até lá é pela RS-239, seguindo até a ponte que dá acesso à cidade de Riozinho. No entanto, em vez de dobrar para a ponte, deve-se seguir em direção a uma estrada de chão e percorrê-la até o fim. Quando não houver mais opção de trafegar de carro, é preciso estacionar e seguir a pé por outra estradinha, até chegar à trilha que passa por dentro de um rio. Algumas partes são de mata fechada e o curso d’água acompanha os visitantes por todo o caminho que leva até a cascata, por pouco mais de um quilômetro. Subidas, decidas, pedras, troncos e galhos. Definitivamente acertamos ao escolher o tênis para cumprir esta aventura.

Quando chegamos até a queda d’água a sensação foi incrível e, o trajeto, recompensador. A formação das pedras deixa o lugar escuro e, ao mesmo tempo, iluminado pela fenda por onde desce a cascata. Muitas andorinhas percorrem todo o espaço, parecendo até uma revoada de morcegos. Voam tão rapidamente que não conseguimos flagrá-las nas fotos.

No mesmo sábado do passeio tínhamos um jantar marcado para o início da noite em Taquara. Assim,  nosso tempo estava contadinho e, com a empolgação com a Xtrax, acabamos sendo mais comedidos na quantidade de fotos, já que estávamos documentando tudo em vídeo. Cautelosa que só, eu estava toda desconfiada em mergulhar a câmera na água… Aproximei o case que protege a máquina e alguns respingos foram “se chegando”, garantindo a aprovação do nosso primeiro teste… Passamos… hehe!

Então, agora, além de fotos e texto, poderemos incluir em alguns posts pequenos resumos das nossas aventuras em vídeo. A partir daqui, declaramos inaugurada a nova sessão do blog: Ação! Yupi!!

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Do it yourself

Já era agosto (de 2014) e a saudade da praia começou a apertar. Arrumamos as malas e pegamos a estrada com destino a Torres. Antes, o Lucas pesquisou hotéis e pousadas na internet e, também por não ser verão, optamos por um hotel que fica mais na área central, com sala de jogos e uma máquina “mara”, uma espécie de bebedouro que mantém a água sempre quentinha para o chimarrão. Na saída do quarto era só passar na ala do café e “reabastecer” a garrafa térmica.

Sábado pela manhã fomos até a beira da praia do Centro e sentamos nas pedras para tomar chimarrão, observar o pessoal decolando do morro do farol e tirar fotos. Nesta época do ano, passar um tempinho “lagarteando” em frente ao mar recarrega todas as energias! As pedras, a praia, o mar, são cenários lindos em Torres. Também os pássaros nos distraem, mas fazer o foco neles e desfocar o fundo com as lentes (entre elas a 50mm) é sempre um desafio.

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No fim da tarde fomos até a Praia da Guarita, para onde voltamos na manhã de domingo.  Ainda no sábado tentamos “imitar” umas fotos que vi no blog de uma fotógrafa profissional e que foram tiradas no mesmo lugar. Fiz algumas cadeiras de fotografia na faculdade e o Lucas lê bastante sobre o uso das nossas lentes. Com a ajuda do tripé, que herdei do vô Hugo, conseguimos “brincar” de fotógrafos e modelos de nossas próprias imagens e, depois, escolher nossas favoritas.

Nesse contexto, a evolução da tecnologia e das câmeras digitais, além de softwares que fazem uma infinidade de ajustes, somados ainda ao famoso bastão ou pau de selfie que ganhou muitos adeptos no verão de 2015, são facilidades para que qualquer pessoa consiga “capturar” lindas composições. No entanto, fotógrafos profissionais podem garantir a excelência do registro e, sempre que possível, devem ser acionados, ainda mais em casos especiais. Escrevo isso por que, na manhã de domingo, presenciamos um “ensaio caseiro” de save the date de um jovem casal. Eu não queria ficar cuidando da vida alheia – o Lucas me chamou a atenção por várias vezes, mas… Não foi por mal! Eu nos via naquele casal (mas sem os estresses, hehe).

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No alto do morro, a fotógrafa que certamente era parente ou amiga do casal. Na areia, uma outra menina segurando um rebatedor e os noivos tentando posicionar-se. A comunicação entre eles era feita por gritos e gestos!! O casal tentou escrever a data do casamento na areia, mas vinha a onda do mar e apagava… Em cinco minutos passados estavam todos quase sem paciência e eu querendo muito me oferecendo para ajudar. Não que fosse resolver qualquer coisa, mas… Pelo menos poderia dizer que nessas horas existem duas opções: contratar um profissional e aproveitar o dia de modelo ou pedir para alguém fazer as fotos (de graça ou por um preço simbólico) e divertir-se com os percalços, pois eles ficarão como histórias para contar depois. Por enquanto é isso que estamos fazendo, preparando o tripé e correndo, mesmo que pelo caminho haja algum obstáculo, provoque algum tombo um escorregão, pois o que queremos são boas e “ativas” recordações ao bom e novo modo “do it yourself”.

 

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