Bons ventos levam os visitantes ao Morro da Borússia

Depois de Santa Catarina, voltamos ao litoral Norte do Rio Grande do Sul para aproveitar o restinho das nossas férias de janeiro de 2015. No dia 30, fomos comemorar o aniversário da minha sogra, Nara, em um passeio superlegal em Osório.

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Em maio de 2014, eu  o Lucas já havíamos estado no Morro da Borússia, quando almoçamos no  restaurante À Lenha Trattoria. No entanto, desta vez, a Nara e o meu sogro Iuri nos levaram para conhecer o restaurante Dodô. Difícil é dizer qual o melhor. Se por um lado, o À Lenha tenha uma vista privilegiada ao lado do mirante, o Dodô serve uma comida caseira maravilhosa em um ambiente aconchegante, cheio de peças decorativas que fazem os visitantes viajarem no tempo. Sem contar as bicicletas dispostas na entrada do prédio e que podem ser utilizadas  para um passeio pela localidade.

Depois do almoço subimos até o mirante do morro e também fomos na “pista de lançamento de sogras”. Em minha defesa, quem deu este nome ao local foi o Iuri, quando foi até lá acompanhado da vó Elly. Mas tenho que confessar que também não resisti e chamei a minha sogrinha para sentar ao meu lado na “beirinha” do deck.

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Meu sogro Iuri também gosta de fazer fotos (foi dele que herdamos várias lentes para usar com a Nikon) e acabamos voltando para o apartamento deles, em Tramandaí, cheios de boas recordações do passeio daquele dia. Assim, na galeria teremos fotos feitas pelo Iuri, pelo Lucas e por mim! A maior dificuldade, no entanto, era sair nas fotos com o cabelo arrumadinho, dadas as condições do vento que se faz constante nestes locais que são cartões postais de Osório. A vista em dias de poucas nuvens é fascinante, da serra, do mar, das tantas lagoas e dos “cataventos” do Parque Eólico.

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Turistando novamente

No início do nosso planejamento de férias, pensamos em visitar a cada dia uma das praias que ficam próximas da Guarda do Embaú. No entanto, gostamos tanto da Guarda que acabamos saindo de lá apenas dois dias – além daquele em que fomos para Garopaba.

Como já havíamos estado na Praia da Pinheira durante nossa trilha pelos morros, pegamos o carro e fomos em direção à Praia do Sonho. Acabamos passando dela e chegamos numa enseada de ondinhas curtas que se quebravam bem na beirinha da praia. Muitas casas tinham seus pátios terminando na areia, que era cheia de conchinhas, e a paisagem parecia uma pintura. Claro que aproveitamos para fazer fotos e, uma delas, ficou sendo a minha preferida da viagem:

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Depois, encontramos a Praia do Sonho e ela realmente é um encanto. Com uma extensa faixa de areia e o mar de águas calmas, também possui uma ilha onde foi construído um forte e, bem ao ladinho, outra praia chamada Ponta do Papagaio. Passamos a tarde na Praia do Sonho e também fomos para lá na outra manhã.

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Logo após, chegou a hora de pegarmos a estrada novamente,  desta vez, para o Campeche, em Florianópolis, que nos ganhou com o suco de morango e a casquinha de siri vendidos nos bares à beira da praia. No entanto, na primeira vez que estivemos lá, em setembro de 2014, estava friozinho e acabamos não entrando no mar. Já no verão de 2015, nos esbaldamos naquela água cristalina. Ficamos realmente impressionados com a transparência da água, até mesmo nas partes mais fundas. Um dos atrativos do Campeche é um passeio para a ilha, onde é possível realizar trilhas e mergulho. Optamos por não fazê-lo em época de alta temporada, visto que o “traslado” num bote inflável estava mais caro do que o passeio de escuna que fizemos em Canas (ou seja, os olhos da cara, mesmo! Hehe). Em vez disso, alugamos guarda-sol, tomamos água de coco e caipirinha, fizemos caminhadas e, em outro dia, também aproveitamos a sombra oferecida por uma árvore na beira da praia.

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Para o vô Sabiá

No início de 2015 coincidimos o período de nossas férias na Guarda do Embaú (SC) com o aniversário do vô Sabiá, que estava passando uma temporada em Garopaba, na casa da Fabi (minha tia e madrinha). Então, no dia 10 de janeiro acordamos cedinho e fomos até Garopaba, comemorar!!!

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Além do aniversário, estávamos celebrando os novos rumos da vida, já que o vô conseguiu vender o sítio onde morava, no bairro Santa Rosa, em Taquara (RS), e tinha recém fechado negócio para a compra de um terreno ali pertinho da Fabi e dos guris, na rua de trás.

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No mesmo dia ele também começou as tratativas com o engenheiro sobre a planta e os demais detalhes para a construção.

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À tarde fomos todos para a praia do Siriú e pude matar um pouquinho da saudade de entrar no mar com a minha prancha, acompanhada do Gu (Gustavo, meu primo) e do Marcelo (ele não gosta que eu chame ele de tio, então, não vou escrever nada… hehehe). O Fe (Felipe, meu primo, irmão do Gu) também surfa, mas preferiu desta vez ir só para o banho de mar (foi o mais ligado na previsão das ondas, suspeito… hehe).

Como a Xtrax ainda é nosso “brinquedinho novo”, estamos com aquele receio inicial de usá-la com toda aquela confiança nos suportes – até porque, o específico para prancha não vem com a máquina, mas já está na listinha de desejos para 2016. Assim, o Lucas ficou de cinegrafista na beira da praia (o que de certa forma foi bom, pois naquele dia não surfei nada… haha… As ondas estavam fraquiinhas, peguei só um espumão para dizer que ainda consigo ficar de pé). Já o Gu, trocou de prancha, insistiu e pegou algumas ondas depois que eu e o Marcelo tínhamos saído do mar.

 

Stand up no Rio da Madre

Depois do stand up no Mampituba, fomos “aprimorar” nossa prática esportiva no Rio da Madre. Diferentemente do rio de Torres, no rio da Guarda é preciso dividir espaço, principalmente com os barquinhos dos atravessadores e os banhistas, o que torna a prática mais desafiadora, ainda mais num dia de vento, quando remar e sair do lugar são ações inversamente proporcionais… (No fim, dá uma canseira… Hehe!)

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Desta vez, optamos por alugar uma prancha e um remo para nós dois, assim podíamos dividir e compartilhar os equipamentos, já que esta foi também nossa primeira “experiência esportiva” utilizando a Xtrax e, como não estávamos com nenhum acessório de suporte, ficamos em dúvida na hora dos enquadramentos das imagens, de como segurar a câmera e em que altura. Então, primeiro o Lucas remou e eu fui “na boa”, sentadinha na parte da frente da prancha. Consegui fazer imagens levando em conta o meu ponto de vista, mas não consegui nos manter no enquadramento por muito tempo… hehe!

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Em seguida, dividimos e cada um remou um pouquinho. Notamos que a câmera, pela primeira vez, acabou embaçando bastante dentro do case. (Nota mental: precisamos pesquisar e comprar as pastilhas anti-embaçantes!)

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Fizemos poucas fotos e o vídeo ficou curtinho, mas tratam-se de materiais suficientes para ativar as melhores lembranças.

 

E… Ação

Backes de casa faz milagre

Normalmente, as refeições fora de casa costumam pesar um pouquinho mais no bolso do consumidor, principalmente em cidades turísticas em períodos de alta temporada. Os lanches vendidos nas tendas e quiosques da beira do mar no verão, então, são outros verdadeiros “caça níqueis” de turistas. E não precisamos ir longe, pois em Tramandaí (litoral norte do Rio Grande do Sul) os picolés das carrocinhas custam de R$ 6,00 para mais. Em Santa Catarina então…

Nas nossas férias na Guarda do Embaú ficamos numa pousada cuja diária não incluía as refeições. Assim, nas nossas idas ao mercado sempre procurávamos opções baratas e que rendessem para mais de uma vez. Economizamos direitinho vários dias e, para abrir uma exceção, numa das noites em que ficamos em casa, o Lucas quis fazer um churrasco para nós dois. (E aprovei, ficou muito bom!)

 

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Além da vontade de saborear um prato típico gaúcho, estávamos curiosos para testar e aproveitar o espaço da churrasqueira da pousada recém inaugurada. Levamos as coisas para a mesa e… Nos demos conta de que ali ainda não tinha sido instalada nenhuma lâmpada. “E agora, como fazer tudo no escuro? E os mosquitos que estavam começando a aparecer?”

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Nem foi preciso pensar muito. Logo o Lucas já estava pegando a caixa de ferramentas dele no porta-malas do carro. Tinha fio, tinha engate, puxa daqui e dali e pronto. Montou uma extensão que ia da tomada do nosso banheiro até perto da mesa da churrasqueira. Só estava faltando a lâmpada, situação que uma pernadinha até o Super Santos terminou de resolver. Além da lâmpada compramos também aqueles “Boa Noite”, um mata mosquito que queimamos em espiral. Voltamos à pousada, o Lucas terminou a sua instalação e foi para o churrasco, enquanto eu fazia fotos e pensava o quanto vale ser precavido. Ele não viaja sem levar na mala pelo menos um T de tomada, o meu “Professor Pardal” cheio das soluções e invenções. Na verdade, o Lu está mais para o sobrinho do Professor, o Pascoal, descrito como menino prodígio de soluções criativas.

Fica a “inspiração” para a hora de fazer as malas e separar aqueles itens que embora possam não ser utilizados durante todo o passeio, são capazes de salvar o churrasco da gauchada num momento inesperado!! Ah, e o churrasco rendeu três refeições: o jantar daquela noite, o almoço do dia seguinte, quando foi transformado em tábua de carne, pão e queijo, e no jantar seguinte, que serviu de complemento para o pão.

 

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Duas horas = dez minutos

Enquanto chovia torrencialmente no Rio Grande do Sul, fomos presenteados com uma sequência mágica de dias ensolarados e noites estreladas na Guarda do Embaú. Acordávamos cedinho, tomávamos café da manhã e seguíamos para a beira da praia. Numa das manhãs em que parecia que o tempo ficaria nublado, nos preparamos para cumprir a travessia das trilhas que levam da Guarda à Pinheira pelas pedras e morros da beira da praia. “É umas duas horas de caminhada e depois dá para voltar de ônibus”, nos indicou a Laura, esposa do meu sogro.

Todos os dias víamos muitas pessoas naqueles morros e parecia tudo tão simples, já que uma praia fica ao lado da outra, em tese. Assim, pegamos o início da trilha de chinelos, com uma (única!) garrafinha de água e protetor solar, como se fôssemos “ali na esquina”, esquecendo de assimilar a previsão de duas horas de trajeto. Na verdade, deveríamos ter saído de tênis, com muitas garrafinhas de água, protetor solar, frutas e/ou qualquer coisa para comer durante o trajeto. Passando o primeiro morro de trilha não há mais “civilização”, não há barraquinhas para comprar nada, nem uma viva alma passando ao teu lado, até o movimento acaba. Cabe adiantar que o dia não ficou nublado; o sol rachava. Onze horas marcava o relógio quando partimos.

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Bem no início da caminhada estávamos empolgados, tirando fotos, observando as paisagens, molhando os pés nas piscinas que se formam nas pedras e repondo o protetor solar. Além de outras poucas pessoas, também encontramos pelo caminho alguns bois e lagartos. Depois, subimos e descemos morros, passamos por praias desertas e até por terrenos cercados – acredito que as cercas eram para impedir a livre circulação dos bois, já que elas tinham uma pequena abertura como se fosse um portão.

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As trilhas sumiam e reapareciam e, lá pelas tantas, a sede, a fome e o cansaço chegaram todos juntos e começamos a pensar em voltar. Era por volta do meio-dia, lembra? Verão. Sol. Pés suados escorregando nos chinelos e as tiras (aquelas que não arrebentam, sabe?) escapando a todo momento.  A cada morro que cruzávamos, aparecia outro, nos separando ainda mais da Praia da Pinheira. Mas logo em frente, avistamos barracas e algumas pessoas. Era a Colônia Hippie. Um pouco mais adiante, um bar que mais parecia uma miragem. Mas não (yupi!), era mesmo um bar, um bar de verdade, que serve lanches e bebidas! Era o bar dos hippies. Fomos até lá, comemos pastéis e recarregamos a água! Depois, passamos mais uma prainha e descansamos numa sombra que tinha vista para o mesmo bar. Dali até a Pinheira era muito menos do que tudo o que já tínhamos andado.

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Seguimos a caminhada, subindo e descendo mais alguns morros e, depois da alegria de encontrar o bar, só mesmo a alegria de ver os telhadinhos das casas e a água do mar da Praia de Cima da Pinheira. Tomamos um banho de água salgada para coroar a expedição e seguimos para o centrinho, onde fizemos mais uma parada para um lanche e pegamos informações sobre a parada de ônibus, que ficava bem pertinho. Esperamos na calçada até o primeiro coletivo passar, embarcamos e… Dez, sim, isso mesmo, uns dez minutinhos depois de entrar no ônibus já estávamos na Guarda.

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O fim da linha foi em frente ao mercado (Santos) e dali voltamos para a pousada para curtir um bom descanso na rede.  No outro dia, quando voltamos a pegar o carro para fazer outro passeio, vimos que da nossa pousada até a Pinheira, pelo caminho contrário ao que nos faz chegar ao Centro da Guarda, era ainda mais pertinho e bem fácil de fazer a pé. Mesmo assim, a experiência de viver uma aventura, sair da rotina, “desbravar” caminhos e fugir do comum renova muitos dos nossos conceitos e registra na lembrança mais uma história para contar, lembrar e reviver.

Mapa Da Trilha 3 Traçado

Ao todo, cumprimos a trilha em mais ou menos três horas, sem contar os intervalos para almoço, descanso, lanche e espera pelo ônibus. Traçando o trajeto pelo Google Maps em linha plana (sem levar em conta os aclives e declives dos morros) somam-se quase quatro quilômetros de percurso.

Pesquisando em sites de um pessoal que mapeia suas trilhas, o Lucas encontrou descrições que levam em conta subidas e descidas de 40 a 50 metros cada e níveis de altura que vão do zero a até mais de 100 metros acima do nível do mar (medido da Pedra do Urubu – um mirante natural que não chegamos a ir dessa vez). A média de percurso mapeada por eles foi de 5,6 quilômetros, não ficando muito longe do calculado pelo Lucas no Google, mesmo.

 

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